sábado, 6 de agosto de 2011


Olha eu aqui, eu que me permiti sonhar o quanto fosse possível ter suas mãos nas minhas,   nossos dedos entrelaçados, e que sua boca fosse minha, e seus olhos fitassem a mim quase que o tempo todo.
 ” Sonhei pra nós uma casinha pequena no meio do nada com um pequeno rio por perto e um jardim discreto, 
com um gramado baixo, verde, perfeito, onde o sol nos iluminasse ao fim de uma tarde qualquer, e que você deitaria no meu colo e meus dedos tocariam de leve seu rosto seguindo os traços do seu sorriso lindo, e seu cabelo negro esparramado sobre mim me faria viajar no tempo levando meu ser a perda total da razão, e no tempo que passei viajando perdi de ver seu movimento leve vindo em minha direção e então eu fui surpreendida por aquele beijo, intenso, leve, lento, perfeito, o tempo pareceu parar enquanto nos beijávamos, e o vento que antes soprava quase que o tempo inteiro soprava mais lentamente enquanto estávamos ali envolvidos em nós mesmos, e o nosso mundo parou para nos ver ali amando, e enfim seu abraço abrigou a mim e aos meus temores e adormecemos ali um no outro.”
 É bom sonhar, mas já que não é pra ser assim me contento em te ver de longe, eu sei que sempre haverá um alguém ao seu lado e que você estará de mãos dadas a desse alguém, e você dará a esse alguém aquele beijo que eu sonhei, seu sorriso e suas caretas serão pra esse alguém, e de longe vou ver, vou morrer e nascer de novo ali em questão de segundos e volto a minha forma de “estou bem”, e na minha cabeça se repetirá o capítulo em que você disse que me amava, sorrindo pra mim disse que era pra sempre, pegou minhas mãos e me olhou fixamente, como quem diz ”acredite em mim”.
Você marcou minha vida de forma que toda vez que eu escrever vou lembrar de você, e toda vez que eu chorar ou tiver medo vou querer você perto de mim, e minhas lágrimas vão me fazer lembrar de como seu abraço poderia sufocá-las, vou até desejar ouvir sua voz daquele jeito que só você sabe.
E o medo que me assombrará me fará desejar ouvir(ler) um “eu amo você” tão bom quanto o seu, mesmo que ele não fosse tão sincero quanto eu sentia que era, eu estava conformada com toda a “utopia” em que nosso “nós” havia se transformado.
E talvez meu maior erro foi ter sonhado tanto e não ter notado que as coisas caminhavam contra meus planos, ter colocado tanta pilha em uma coisa que talvez fosse só um passatempo pra você.
(Poliana De Moraes Vacilotto

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